sábado, 29 de novembro de 2008

Vejo muito de mim no meu filho

Lembro-me de quando entendi pela primeira vez o significado das letras do meu nome e o porquê de serem escritas exatamente naquela ordem. A experiência da leitura trouxe um mundo novo para mim. Eu tinha cinco anos, mas guardo viva até hoje a excitação, a euforia, por conseguir conectar-me à existência de um mundo de significados milenar.

Como aluna sempre fui ótima: nota dez, c.d.f., aluna-exemplo. Minha maior dificuldade não eram as matérias e sim o horário, afinal acordar cedo e andar debaixo de sol nunca foram meus hobbies prediletos.

No primário fui a terceira melhor aluna, com direito a homenagens. No ginásio, a segunda melhor, e recebi até medalha. Formei-me no ensino médio como a número um do colégio; mas então, ironicamente, isso já não fazia diferença para mim.

Minha prima, uma série acima da minha, só aprendia matemática comigo. Não sei explicar como eu conseguia fazer aquilo, mas bastava eu ler o livro dela, olhar os exemplos e pronto! Toda a complicação da lógica, da física ou de qualquer outra disciplina tornava-se simples na minha cabeça! Eu não só era capaz de aprender sozinha matérias de séries mais adiantadas [mesmo sem tê-las estudado na escola] como também era capaz de fazer qualquer um entender a matéria que fosse!

A faculdade? Pública! Passei na primeira tentativa sem ter feito pré-vestibular em uma época em que ainda não se falavam em cotas. Repetência? Só por falta! Mesmo assim no estágio e em virtude da correria com os preparativos para o casamento.

Por mais que muitos de vocês me digam que este currículo é o máximo, eu na maioria das vezes me sentia um E.T. afastado de sua terra-natal. A situação que mais clara e duramente explicitou isso foi certa vez em que, na adolescência, estávamos os jovens reunidos na praça local como sempre fazíamos aos finais de semana. Eu, que sempre tive uma queda por gramática e linguagem, fazia - por opção - o uso do português correto em todas as suas ênclises, plurais e regências.

Falava assim não para me mostrar. Falava certo porque gostava, porque estava na regra e àquela época - ingênua - eu ainda acreditava que toda regra era para ser seguida.

Mas então, à certa altura, aconteceu de eu chegar na roda de conversa e um senhor que debatia entusiasticamente se calar. Aconteceu com ele, depois com outros. Logo descobri que as pessoas, diante do meu modo de falar, sentiam vergonha de seus vocabulários.

Nenhum de vocês poderá entender o que perceber isso significou para mim. Foi ali que descobri o real sentido da palavra c-o-m-u-n-i-c-a-ç-ã-o. Ironicamente, para me comunicar as gírias tinham que fazer parte do meu linguajar.

Carreguei, desde que me entendo por gente, o estigma de “inteligente”. A Ellen, diziam quase todos, vai chegar longe! E por me sentir um E.T. perdido na terra quase sempre eu tinha vergonha de contar os meus êxitos. Somente quem já viveu como o centro das atenções sabe dar o devido valor à discrição. Era o meu caso. Vestibular, concurso público... a cada aprovação uma sensação de receio, parecia a confirmação de que eu não viera deste planeta, sentia-me ilhada...

Hoje, quando vejo as peripécias do meu filho, tão novo, tão surpreendentemente inteligente, uma perspicácia quase anormal para sua idade, o filme da minha vida passa inteiriço pela minha cabeça.

Vejo muito de mim no meu filho... em alguns momentos vejo repetir nos outros a mesma falta de estrutura para lidar com tal situação. Só espero que eu, por ter sentido na pele essa experiência, possa convencer a mim mesma que inteligência não é um defeito, porque por anos a fio tive a impressão de que todo aquele isolamento era uma forma sutil e incoerente de ser castigada. Hoje entendo que não, afinal a história da humanidade não termina em mim.

Vejo muito de mim no meu filho...
Talvez por isso eu consiga no futuro melhor orientá-lo.

Recebi o selo do prêmio Dardos do blog Paranóia e Lucidez. Agradeço ao A'ZaF por mais essa gentileza...


Apesar das regras deste selo, peço licença ao A'ZaF para indicar somente um blog por causa da minha política de não repetir indicados, o que seria impossível se eu tivesse que indicar quinze.

Bem, depois de ler o post "Veleiro" minha indicação vai para o Carlinhos Horta, do blog Escondidin. Parabéns, Carlinhos!

02/12/2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A direção da bússola

Esse texto não diz respeito a mim
[embora no fundo diga respeito a todos nós],
é dedicado a uma pessoa muito querida, sensível, corajosa,
que enfrentou o céu e a terra pelo direito de escolher.


Sou julgada por valores que não são meus. As métricas que me avaliam distorcem o que me cerca. Qualidades? Viram defeito! Os defeitos? Viram tragédia.

Onde quer que eu vá há um molde me esperando. Um rótulo, um gênio, que em vez de lustrar sua própria lâmpada traça planos infalíveis para fazer brilhar a minha. São vozes sem timbre, rostos sem face. Qualquer tipo de lei não-democrática, eleita pela vontade de um só mas se achando no direito de reger o mundo. Gritam diretrizes, recomendações. São frases, silêncios: reprovações!

Tentam me esculpir, como seu eu fosse efêmera, obra inerte e inacabada à procura do grande mestre [como se eu precisasse de finalização]. Como se TODOS, além de mim, fossem mestres [como se todos os mestres fossem eu]. Fabricam mapas para traçar o meu caminho, como se toda bússola não apontasse para o norte, como se todo umbigo não apontasse para o dono...

Qualquer um tem solução para os meu problemas e a maioria vê problema onde não tem. Se aplicassem em si mesmos todas as fórmulas que me ditam quem sabe disfarçariam melhor a impressão de que não passam de rudes infelizes ditando instruções engessadas de felicidade.

Enquanto isso, eu vivo! Vitórias ou fracassos? Não importa! Sigo o meu trajeto, o meu instinto. Às vezes abrindo trilhas, outras vezes só indo adiante... Se os frutos serão doces ou amargos não faz diferença. Onde quer que eu os prove terei a certeza de que a paisagem ao fundo não é não é cenário! Ajudei a pintá-la com as cores de que gosto: fui eu que a escolhi para mim!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Falsas intimidades

Estava eu a comentar a postagem "Território inexplorado",
da Cíntia Carvalho, blog
Palavra feia,
a respeito da dificuldade de uma autora de falar de si mesma.
Me identifiquei com parte do texto. Eis uma adaptação do que saiu no comentário:


Perdi a conta do número de postagens pessoais que cheguei a começar mas acabaram esquecidas no canto da agenda, sem contar os pensamentos intimistas que nunca se transformaram em paráfragos. Há um, especificamente, cujo título se aproximaria de "vejo muito de mim no meu filho", que seria antes de mais nada um alerta aos pais e adultos para a valorização/incentivo das habilidades de suas crianças.

Penso que talvez seria útil eu publicá-lo, quase educativo. Tento fazê-lo há meses, mas não consigo. Todo o pensamento está estruturado e pronto mas a idéia de exposição, seja de que modo for, me limita.

Ao contrário do que sugere a postagem da Cíntia Carvalho no blog citado, essa dificuldade em falar de mim mesma não se motiva por não saber quem sou. Penso e reflito sobre mim a todo instante, todo o tempo. Conheço-me como ninguém, mas não sei falar de mim. Não sei, nem gosto! É pessoal demais e uma das coisas que mais prezo é a minha individualidade.

Não sou como os outros. Foi um parto para eu conseguir postar meus textos no blog [a Gi teve que usar muita lábia para conseguir me convencer a fazê-lo, rs - hoje em dia eu agradeço muito, muito, muito a ela!].

Falar de mim? Todo post a respeito que começo não termino. Se termino, não publico, se publico, me sinto invadida. A verdade é que ninguém vê o mundo pelos meus olhos e penso que não adianta expor minhas intimidades a quem vai simplesmente julgá-las em vez de tentar entendê-las. Ou tentar entendê-las a partir de seus próprios significados, sem jamais ter conhecido absolutamente nada de mim.

Seria como gritar 'eu te amo' em outro idioma: a mensagem é linda, mas se quem ouve não conhecer a língua, pode até supor o que significa, consultar o dicionário em sentidos generalizantes. Nada disso bastará, porque só eu mesma poderei conhecer a profundidade do amor em mim.

No fim, acho que é isso.
Um beijo para todos.
:*
P.S.: Alguns pedirão para eu postar logo o tal texto.
Peço-lhes que não me apressem.
Talvez eu seja como um fruto exposto no galho
que antes de poder provar o seu doce
é preciso permitir que amadureça sozinho.
Permitam-me amadurecer e eu mostrarei os meus frutos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Desculpe a INTROMISSÃO

Como já havia dito, meu pai adorou o post Liberdade à prestação.
Dias depois me enviou por email uma releitura daquela postagem em suas palavras...
achei fantástico! E ele me autorizou a publicar aqui.
Mantive o mesmo título do email
porém destaquei em letras menores os acréscimos que eu mesma fiz ao texto.
Se quiserem ler somente os pensamentos do meu pai, simplesmente deletem meus grifos.
[é a única liberdade que dou a vocês por enquanto, rsrs]
Sei não, acho que eu e meu pai formamos uma belíssima parceria!!

Meu mundo, no fundo, parece falso. Sou parte de um cenário que alguém montou para mim. O bairro onde moro, embora ótimo, não o planejei. Já existia antes de eu nascer como espaço destinado a pessoas como eu.

"'Pessoas como eu’? Pessoas que foram tiradas de algum lugar para serem livremente obrigados a morarem em um conjunto habitacional, onde só se vê gente por todos os lados. Gente sem perspectiva, sem esperança, sem trabalho, sem orgulho, sem transporte, sem diversão.

Pessoas como eu não existem para os governos. Pessoas como eu têm que viajar em ônibus atrasados, gozando da maravilha de se equilibrarem espremidas dentro de ônibus mal-conservados que enguiçam sempre.

Pessoas como eu têm a liberdade de só poderem seguir a única avenida que liga a zona oeste à cidade, por isso sempre engarrafada. Das seis às dez da manhã, das cincos às oito da noite o engarrafamento é certo e ninguém vê isso, nem PREFEITOS, nem GOVERNADORES e nem PRESIDENTES.

Gente como eu enxerga que os prefeitos e governadores, já ligaram a zona sul aos principais pontos de saída do Rio de Janeiro, através dos túneis Santa Bárbara e Rebouças, ligando a Ponte Rio Niterói, a linha vermelha, que por sinal liga ao Aeroporto Internacional, à Rod. Washington Luís e a Rod. Pres. Dutra. A Barra e o Recreio, também têm a linha, só a zona oeste não pode se ligar com nada, pois os prefeitos não querem.

Não vemos os prefeitos e governadores falando em ligar a zona oeste ao centro através da duplicação da Av. BRASIL, seja através de um corredor exclusivo para ônibus,
seja de qualquer outro modo mirabolante. Isso, gente como eu não ouve falar.

Gente como eu conhece centenas de pessoas que perderam seus empregos por chegarem atrasados devido a problemas de transporte e milhares de pessoas que não arrumam empregos por morarem onde moram. Vêem seus (nossos) filhos caminhando para o tráfico, caminhando para os bailes FUNKS, onde aprendem coisas que só deveriam aprender bem mais tarde, danças ERÓTICAS,
desrespeito ao sexo feminino [isso nem deveria ser ensinado!] e muitos palavrões bem pesados. Gente como eu está cansada de ver pessoas que perderam seus empregos, pessoas que não arrumam empregos, se envolvendo com o “TRÁFICO”.

E depois reclamam que há muitos bandidos. Dêem-lhes empregos e aí não haverá mais bandidos, dêem-lhes um bom transportes em vias livres, e não haverá mais bandidos.

Gente como EU só entram em estatísticas de crime. INFELIZMENTE.

Desculpe a INTROMISSÃO."

[re-]escrito por
EU, G. Rodrigues.
(meu paizito, que orgulho!!!)

[P.S.: eu, Ellen, particularmente acredito que a questão da bandidagem vá um pouco além da carência de empregos e transportes, falta de assistência e tudo o mais. Penso que apesar de grande mortandade a que ficam sujeitos seus integrantes, o real atrativo do tráfico, além da questão financeira em si, está direta e principalmente ligado ao ideário de poder, respeito e status - ainda que o tema me pareça bastante complexo para ser reduzido a esse módico jogo de palavras]


Selo 'não tem preço!'

Recebi o selo 'Não tem preço' do blog Morango com leite condensado. Agradeço ao Morango pelo reconhecimento e generosidade!! Muitíssimo obrigada!



Meu indicado desta vez é um blog que conheci há pouquíssimo tempo, mas tenho certeza de que no futuro seu autor será meu colega de profissão: Adivisions

domingo, 9 de novembro de 2008

Liberdade à prestação

Meu mundo, no fundo, parece falso. Sou parte de um cenário que alguém montou para mim. O bairro onde moro, embora ótimo, não o planejei. Já existia antes de eu nascer como espaço destinado a pessoas como eu.

Não desenhei meu sapato, carro, roupas. Não escolhi meu nome, chefe, aniversário. Não decidi a cor da minha pele ou se deveria chover segunda ou sábado. Muitos me dirão que escolhi outras coisas [não discordo], mas se não pude escolher tudo minha liberdade não é completa, é relativa.

Dentre as inúmeras escolhas que fiz, a maioria esteve condicionada ao extrato do banco. E assim como para os desesperados vende-se a fé eu consumo fajutos projetos de marketing destinado a projetos fajutos de pessoas [e o prazer está cada vez mais vinculado ao limite do cartão de crédito!]. Comprar não me satisfaz porque compro o que posso, nem sempre o que quero, e embora existam atividades que eu goste de fazer [faça por amor] nenhuma delas paga minhas contas.

O meu sonho é só meu. O meu talento é de quem o reconhece. Sinto-me como uma vírgula no meio da frase. Pequena pausa, mera interrupção entre o que já havia e o que virá (e não cabe a mim delinear a um nem ao outro).

A democracia como forma de governo não existe. E se existe, não perdura. É puro idealismo, ingenuidade de acreditar que todos os homens algum dia se tratarão como iguais.

A real liberdade? Em nossa sociedade capitalista a única que realmente existe é a financeira. O resto é mediocridade [ou ideologia].




P.S.: Recebi via e-mail o comentário do meu pai a respeito deste texto,
em suas palavras, a melhor postagem que leu no facetas,
disse que estou me superando a cada dia!!
Fiquei super contente com os elogios!!
Quem não conhece a timidez do meu pai
não saberá o quanto esse gesto foi um marco para ele.
Quem não conhece a inteligência daquele homem não saberá
o quanto tal elogio foi importante para mim.
Muitíssimo obrigada, pai! [também neste espaço seus conselhos me farão crescer!!!]
Um beijo grande!!

sábado, 8 de novembro de 2008

Pronomes Possessivos

Não, não vos enganeis!
Este não é um blog de poesias!
Eu, Ellen Regina, sou romancista,
mas como minhas facetas são completamente instáveis,
às vezes saco uma poesia da cartola.
Não sou poetisa, não vos enganeis!
apenas aprecio [e muito] brincar com as palavras...

A pressa,
quando minha,
é mais apressada.

A dor,
quando minha,
machuca mais.

O desespero,
se meu,
mais angustiante.

A fé,
se minha,
remove montanhas mais altas.

A razão,
se minha,
mais óbvia.

A necessidade,
se minha,
mais urgente.

A verdade,
se minha,
mais correta.

As mentiras,
se minhas,
mais honestas.

A bondade,
se minha,
mais humana.

A maldade,
se minha,
mais justa.

A justiça,
se minha,
mais igualitária.

As virtudes,
se minhas,
mais admiráveis.

Os defeitos,
se meus,
mais compreensíveis.

As fraquezas,
se minhas,
mais suportáveis.

O meu, comigo.
O seu, consigo.

EU + algo = MEU
MEU – EU = seu
MEU + seu = NOSSO
NOSSO – MEU = vosso.

Talvez o vosso pareça nada
porque no fundo é a ausência do MEU.

03/09/2008,

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

As coisas como são...

A palavra exprimia a coisa. E era um tempo onde tudo tinha um nome. Tempo remoto, quase místico, em que não havia distinção entre as expressões e o que elas significavam e cada coisa era conhecida por um nome diferente, singular.

Não, não é um mito, tampouco crendices do folclore. Esse tempo realmente existiu! O tempo em que as palavras serviam para dizer algo e havia uma vastidão de possibilidades. O vocabulário era extenso, imenso, infindável. E escrever parecia uma arte porque contemplava a combinação de letras, sons e sentidos e para escolher os termos certos era preciso uma seleção rigorosa, um ajuste do que estava sendo dito ao que se estava tentando dizer. Tudo era milimetricamente calculado, revisto, pensado.

Mas, devido à correria do dia-a-dia, em nome da otimização de resultados (falava-se bastante em automação robótica à época) muitos introduziram em seu linguajar um termo curinga, polivalente, generalizante, que significava um pouco de tudo, e ao mesmo tempo, nada. Foi então que em vez da palavra definir a coisa, a coisa passou a substituir as palavras. Tsc, tsc, tsc, nunca mais os gramáticos dormiram em paz...


P.S.: eu agradeço à GI pelas dicas na revisão desta coisa que antigamente chamávamos texto! Valeu, Gi!

O facetas recebeu outro selo Prêmio Dardos! Dessa vez a gentileza veio do Douglas, do blog Proud Brasil.

Douglas, eu agradeço, de coração pela indicação! É extremamente gratificante receber de outros blogueiros o reconhecimento pelo meu trabalho! Muitíssimo obrigada!!!




Embora eu saiba bem as regras deste selo reservo-me o direito de não repassá-lo a 15 pessoas! Tenho adotado por aqui a política de não repetir indicados e preencher uma lista de quinze só para dizer que estou preenchendo não faz muito o meu perfil...

Indicarei só um blog, o Fogo das Letras, para receber este selo. Hoje eu li uma postagem lá, de nome 'Encruzilhada', que me deixou boquiaberta pela qualidade. [que o Fogo das Letras não se deixe influenciar por mim se quiser manter a tradição de repassar este selo para o número correto de blogues!]

Um grande beijo para todos!
Ellen Regina.
10/10/2008

Sejam bem-vindos ao facetas!

................TODOS OS TEXTOS DESSE BLOG SÃO AUTORAIS............

Resolvi utilizar este espaço para divulgação de trechos de alguns trabalhos meus... Espero que vocês apreciem. Críticas e comentários serão muito bem-vindos, sobretudo críticas!

Se você já leu o texto acima não fique tímido: fique à vontade para comentar em outras postagens!