terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Prólogo: Boatos apenas - parte II

CONTINUAÇÃO...

Ele [o Fogo] amou o Filho de Eva como jamais amou ninguém e cuidou dele, ensinando-o inclusive a arte de manejar o calor em proveito próprio. Mas conforme advertido pela Terra-Mãe, Eva era feita de elementos frágeis e também os filhos que gerara herdaram muitas de suas fraquezas, inclusive a de não suportar as grandes chamas, porque sua composição feita de barro, água e ar era extremamente sensível ao calor intenso.

Assim, o Fogo obrigou-se a controlar o próprio temperamento explosivo para poupar a saúde da família. E como Eva perdera os dois filhos do primeiro casamento – um morto e o outro banido – tiveram filhos atrás de filhos, porque estava sempre solícita à paixão incendiária do atual marido...

A Terra-Mãe nunca aprovou de fato aquela união porque suas diferenças pessoais com Eva não poderiam ser superadas através de um simples casamento – o que fora, aliás, um golpe muito baixo, principalmente porque Eva demonstrava uma melhor habilidade em controlar o gênio imprevisível do filho. Mas ficou um tanto aliviada com a aparente serenidade conquistada pelo Fogo, embora atribuísse aquela súbita mudança de comportamento exclusivamente à chegada da maturidade.

Estranhamente, nos quatro cantos do universo nasceram bonecos de barro como os filhos de Eva cujo pai visivelmente não era o Fogo (ele ficou uma fera quando descobriu). Chamavam-se herdeiros da Água e do Ar – e coincidentemente povoaram as terras doadas a um e ao outro.

Todos marcaram os descendentes à própria maneira a fim de resguardar as terras recebidas. Milhares de Eras se passaram até que um dia de muita alegria, na terra do Norte, o Fogo resolveu contar aos filhos de Eva um pouco de seu passado. Narrou orgulhosamente como obteve as terras em que viviam e confessou seu desejo reprimido de possuir todo o território agora repartido entre os irmãos.

Ora, a principal característica dos filhos de Eva era sem dúvida a mania de disputar trivialidades entre si. Eram de fato muitíssimo competitivos e buscavam reconhecimento por cada coisa simples que faziam, ansiando destaque por isso. Não se preocupavam muito com futilidades como benevolência e caráter porque afinal eram temas muito subjetivos, de difícil avaliação, de modo que não havia razão para perderem tempo com algo que não lhes rendesse evidência.

Assim, a narrativa do Fogo despertou interesse nos habitantes do Norte pelos antigos projetos do pai: resolveram secretamente presenteá-lo com o território de que tanto desejava.

Mas os tais Humanos eram feitos de porções iguais de terra, água e ar, portanto, possuidores de poder e força idênticos, de modo que fisicamente nenhum poderia reinar sobre o outro. Nesse caso, foi o domínio sobre o fogo que fez toda a diferença para os habitantes do Norte. Forjaram espadas e escudos, armas, canhões e conseguiram uma boa vantagem sobre os moradores do extremo-Oeste e os do Centro. Os do extremo-Leste foram rápidos em adquirir a técnica do manejo das chamas e conseguiram expulsar os invasores de suas terras. Foi o único lugar que escapou ao subjugo da dominação.

A sensação de guerra despertou os instintos primitivos do Fogo e esquecendo-se de que precisava da energia de seu irmão mais velho para sobreviver (um passado muito distante sobre o qual não se reflete sempre tende ao esquecimento) novamente atacou-o, só que dessa vez para roubar-lhe as terras. Grandes perdas sobrevieram a ambos os lados, mas o Ar, subjugado e enfraquecido, levou a pior.

A Água comoveu-se diante do destino cruel sob o qual o irmão sucumbia. Uniu suas forças às dele e enviou uma mensagem aos filhos de Eva de todos os lugares para se unirem em resistência à ocupação dos habitantes do norte. Não foi o suficiente.

O Fogo excedeu-se na busca ao poder e se esqueceu da frágil composição da própria família. Quando os primeiros filhos pereceram às chamas tampouco se deixou intimidar. A essa altura já tinha tantos herdeiros que perder alguns deles em prol de todas as terras do planeta parecia um preço justo. Então os habitantes do Norte perceberam o descaso com que o pai lhes tratava e se indignaram. O Fogo, sucumbindo à própria ambição, aspirou quase toda a energia do irmão transformando-se em uma enorme bola de chamas. O Ar perdeu os sentidos.

A Água chorou dias a fio. Sua tristeza era tamanha que várias nuvens-olhos carregadas de lágrimas brotaram do céu e cobriram toda a terra. Choveu incessantemente. Era um pranto tão singelo, tão sofrido, que até mesmo o Fogo se sensibilizou, suas chamas se enfraqueceram e o Ar recuperou a consciência. O Fogo foi banido do lar da Terra-Mãe e se exilou no céu, acima das nuvens-olhos, para não correr o risco de se extinguir para sempre. Foi o melhor para todos.

Durante o dia a bola de Fogo zelava e aquecia seus filhos à distância. À noite, como punição, se recolhia para pensar nos danos que provocou. É claro que o exílio não agradou nenhum pouco à Eva, que jurou fazer de tudo para ter seu companheiro de volta.

Foi o início dos boatos.

Em muitos cantos do planeta repetiu-se a história de que Eva fora vista, na calada da noite, remexendo algo suspeito no solo. Uns achavam que era veneno para matar a Terra-Mãe, outros, que era uma arma secreta para destruir o planeta, outros ainda, achavam que era tesouro roubado do paraíso. Não foi preciso decorrer muito tempo para que ninguém mais soubesse ao certo em que ponto do planeta teria sido enterrada a tal coisa. Alguns até fizeram mapas e cruzaram oceanos para procurarem o suposto tesouro. Não encontraram nada, mas ficaram ricos vendendo os mapas.

Havia também os sonhadores, desejando que Eva tivesse plantado uma semente para a paz. Alguns herdeiros, acreditando nisso, vestiram seus melhores ternos e foram às ruas dizer em altos brados que não tardaria para que a discórdia entre os filhos de Eva chegasse ao fim. Conquistaram muitos adeptos para a causa. Fizeram vigílias e procissões. Cantam à paz, rezaram nas praças mas nada adiantou. Não tinha importância: eles cultivavam a esperança e a esperança é uma semente que sempre se renova.

Os sonhadores acreditavam que a Terra-Mãe tinha se precavido às fraquezas dos filhos de Eva, a tal semente seria uma prova disso. Então quando a Terra-Mãe estivesse pronta, nasceria do mesmo povo três legítimos herdeiros dos filhos da Terra-Mãe, fadados a descobrir um segredo que poria de uma vez por todas um ponto final na discórdia entre os filhos e os filhos de seus filhos. Com o passar do tempo aquela vital certeza foi se esvaindo. Começaram a duvidar que a tal árvore tivesse realmente sido plantada – a Terra-Mãe fizera questão de espalhar aos quatro cantos do mundo que tudo não passava de invencionice de Eva – porque a Terra-Mãe ainda se ressentia pela nora, acreditava – precisava acreditar – que sua desgraça familiar havia sido provocada por Eva e seu charme fajuto.

Foram tantas recontagens, tantas adaptações, que a história virou um mero boato. Somente uma pessoa sabia a verdade mas ninguém sabia como chegar até ela. O único jeito seria esperar – talvez milhares de anos – até que alguém seguisse os passos de Eva e descobrisse o que estaria escondido no chão. Enquanto esperavam, as terras continuaram repartidas e marcadas para sempre pela co-existência (nem sempre pacífica) de três raças de filhos de Eva, que vez ou outra se lembravam do desejo do Fogo de dizimarem umas às outras...

04/01/2008 - 29/09/2008
Comentários
57 Comentários

57 comentários :

Anônimo disse...

muito legal seu blog e seu texto é muito bom
parabéns!

Pedro Pyratero disse...

mia filha...tou numa lan house! da pra ler essse texto grande não ome! ainda com essa letrinha miuda! http://pedropyratero.blogspot.com/

Mr. Rickes disse...

Parabéns! Você escreve de um modo tão harmonico que me vi escutando a história como um mero ouvinte sem me dar conta que estava lendo.
Muito legal o Blog!

0/

Fabiano Fusaro disse...

Legal, confesso que não li até o final pois o estilo do texto não me agrada, mas a formação de palavras e estrutura é muito bom.

Além disso, acho que qualquer tipo de leitura é do bem, vc sempre ganha algo com isso.

Parabéns

http://rockmundo.blogspot.com

Erich Pontoldio disse...

O que é isso minha amiga ... ?
E S P E T A C U L A R
òtimo uso das palavras, idéias e etc etc etc.

ArchNovation disse...

Gostei....
Ta bem legal o blog.........
parabéns........
XD
abraçosss....

Anônimo disse...

Nosso concerteza esse continuação ficou melhor que o primeiro :)

Anônimo disse...

humm
sem nem o que dizer
no words
muito bom!

Unknown disse...

O texto é muito bom! Gostei!
E poxa, obrigada pela dica! Irei arrumar o layout!
Obrigada mesmo!

Beijo :*

G.J.A.Guimaraes disse...

Nossa...
amei mesmo! Muito do que voce escreve acredito como filosofia de vida. A aparencia de seu blog condiz com suas palavras:Belo, harmonioso e preciso. Parabéns!

@HUGOCEREGATO disse...

Muito bacana! Aliás, muito difícil ter essa convicção pra escrever. Muito bom.

Figurinhas com Holograma disse...

Adorei a continuação.
Resumindo em uma palavra: harmonioso.
=D

Neuro-Musical disse...

Incrivel
Como disse sobre o post anterior...


You have a Talent!



http://mundop-o-p.blogspot.com

Henry Barros disse...

o texto e meio grande então vou ler e em breve comento melhor.

Evan The Scarlet Angel disse...

Muito bom,você está de parabens pela sua escrita,m prendeu bastante.

Mas e os raios? =x

Anônimo disse...

Estou numa lan-house [2].





http://www.ilude.blogspot.com/

Tђαммy disse...

Gostei muito!
Do Blog em geral, todos os textos são incríveis!!!
Meus parabéns querida, Abraços

Evan The Scarlet Angel disse...

Igual eu disse para outra rapaz que deu algumas criticas sobre meu texto. Não sou uma grande escritora e aceito as criticas que vejo que vão me ajudar,é minha primeira historia e estou tentando melhorar cada vez mais,então fico muito agradecida por aqueles que leêm e me falam suas opiniões e onde devo melhorar.

Não sou do tipo de pessoa arrogante e metida que acha que tudo que faz esta lindo e perfeito,admito meus erros e sempre que alguem critica algo eu leio de novo e corrijo para o proximo.


E ainda acho qeu o raio devia aparecer viu,só porque vocâ não gosta dele você o cortou fora da historia,não gostei dessa parte =p

jakared disse...

esse épico ta ficando do canário!

Evan The Scarlet Angel disse...

Okay eu me conformo com a ausencia do raio =p

Eu entendi a idea mas era só uma brincadeira rs

Wander Veroni Maia disse...

Adorei a introdução do seu conto na parte que apresenta o amor materna para explicar a criação das coisas. Seu texto é muito bem amarrado e envolvente.

Abraço,

=]
__________________________
http://cafecomnoticias.blogspot.com

Cleiton disse...

querida mais uma vez só tenho a dizer que está perfeito!

é impressionante como vc consegue nos levar para o ambiente doqual acontece a historia fazendo-nos ver personagens e todos os ambientes por ti descrito!


mais uma vez impressionado com a sutileza do qual escreve, e que se transforma em algo unico!

parabens mesmo!

http://gregoryzairuz.blogspot.com/

Renata disse...

fui vizualizar e só consegui ler selecionando tb... vou tentar descobrir onde está o problema... obrigada pelo toque! =)

Cleiton disse...

oi ellen querida!

é as vezes me perco um pouco na narrativa e os paragrafos acabam saindo aleatorios! (porem para o intuito que escrevo que é leitura dramatica em teatro facilita a leitura para o narrador)

O caso de ir do pretérito imperfeito para o presente, realmente é proporcional, da a sensação da loucura atmosferica e psicologica do personagem!

mas valeu pela visita e principalmente pelas dicas e criticas, cristicas construtivas ocmo a sua só me faz crescer e ter uma visão cada vez melhor

obrigado mesmo ;)

Gabriel disse...

Boa sorte no laçamento do seu livro!


http://cheirodegol.blogspot.com/

Karla Hack dos Santos disse...

Gostei da forma criativa com que descreveu uma história, digamos, batida...
Parece conto, lenda...
Daquelas que ouvimos ao redor das fogueiras!

;D

bjus

Cleiton disse...

Verdade querida!

vou tentar arrumar!

O grande problema é que eu era aquele menino rebelde nas aulas de portugues no colégio e hoje sofro as consequencias disso, antes eu odiava escrever e hoje os textos fluem e eu amo isso!

Vou me apegar melhor na grafia e gramatica na proxima!

Sergio Trentini. disse...

muito bom, o resto do livro deve estar ótimo tb

Cativa Google disse...

ficou profanio!!!eca..

Ariana disse...

Cara, adorei esse texto, mas dei uma viajada. Vou ler o de baixo agora pra entender melhor o lance! heuheue

parabéns você escreve muito bem \o

beijos :*

http://cogumelosverdes.blogspot.com

Ana Paula disse...

Ameiiiii a história, mas vou ler a primeira parte pra poder ficar pode dentro direitinho.
A harmonia é fato, bem escrito, pausas certinhas, poxa, bacanerrimo.
(aprendendo tudo isso na minha monografia.)
Parabéns mesmo.
Deixe-me ler o outro post.
Beijoca.
;*

Lucas disse...

Ótimo texto, não tenha dúvida de que em breve vc realizará seu sonho de publicar essa obra. Flws!

luis bueno disse...

relutei em comentar seu blog, como se eu fosse apenas mais um número a elogiar-lhe. O motivo de eu fazer um blog meu vai um pouco ao encontro do que vc sentiu ao ler HP e JK. Não escrevo tão bem como vc, mas fiquei feliz em ver que titubeou em colocar uma crase antes de um pronome. Vi que é de carne e osso. Gostaria, humildemente, de convidá-la a uma visita ao meu blog e emitir sua opinião. Beijos, e sucesso.
Ah, meu blog é o http://carlosbueno.zip.net/

Erich Pontoldio disse...

Passando para desejar um excelente dia de muita inspiração para nos abrilhantar com textos magnificos.

Anônimo disse...

OK, agora eu mão estou mais em uma lan house, e li. Essa Eva também...





http://ilude.blogspot.com/

Dúdah disse...

Muito bom o texto , to voltando aqui depois para ler mais .
beijo ;]

Ronaldo Santos disse...

Finalmente a continuação...

Ótimo!!!

Bjos

Isabella Ribeiro disse...

Você é ótima.
Parabans!

Gomiboy disse...

Opa.
Ainda não deu tempo de ler o texto. Tô passando pra dizer que tem uma indicação pra vc la no meu blog.
flws.
ps.: bacana como esse comentario ficou parecendo spam...

Anônimo disse...

Sei que é chato .. cetos comentarios .. mas eu não tenho nada a dizer se não que adorei muito ...e estou esperando a continuação do "O Homem por Inteiro"


Abç..

Anônimo disse...

Amiga Ellen, eu adoro essa sua história criacionista, só espero ter o livro logo em mãos! confesso que agora não reli tudo, só uma parte, porque estou um tanto cansada e com pouco tempo, pois estou trabalhando. Mas sei de todo o seu trabalho como escritora, sei da qualidade do seu texto, sei das suas qualidades como pessoa e profissional.

E já estou de volta, foi só uma semana para curar o meu estado psicológico. Estou de volta, em clima portenho.

Provisório disse...

Caramba...
vc escreve muito!!
Sucesso ao livro ta ficando show!
Adorei o prólogo

luis bueno disse...

Dor profunda...fiquei um pouco intrigado com sua opinião...vc gostaria de continuar esse papo sem que seja por aqui? (ah, e o verbo elogiar é transitivo direto...perdoe-me o complemento. Tb sou de carne e osso...)Meu msn é o email que está em meu blog, caso queira adicionar.

http://carlosbueno.zip.net/

luis bueno disse...

Dor profunda...fiquei um pouco intrigado com sua opinião...vc gostaria de continuar esse papo sem que seja por aqui? (ah, e o verbo elogiar é transitivo direto...perdoe-me o complemento. Tb sou de carne e osso...)Meu msn é o email que está em meu blog, caso queira adicionar.

http://carlosbueno.zip.net/

Maranganha Abilolado disse...

A vida é feita de tentativa e erro, e o aprendizado se constrói não pelo que se deve fazer, mas em cima do que não se deve fazer, e Eva sabia muito bem disso.

Bom texto, publique um livro de crônicas.

Erich Pontoldio disse...

Eu nem tento colocar outra coluna ... sou totalmente ignorante pra essas coisas....o seu ficou bem legal.

Anônimo disse...

Ellen porque não tem como agente (leirtores) cometar no port "Me a cupa"?
Tipo eu queria cometar lá :(
enfim...
Boa sorte! Espero que vc consiga ajeitar, se eu soubese eu ajudaria vc

Lua- Eu Crio Moda disse...

vc e otima pra tragedias

Julio Passos disse...

Eu não tenho tempo pra ler isso, vc podia escrever textos menores!!!

Danilo Cruz disse...

Parabéns, você escreve muito bem. Sinceramente, gostei.

Anônimo disse...

Muito bom o texto, não sou muito fã de textos com esse tipo de assunto, mas suas descrições são ótimas.

Parabéns!
beeijos querida

Prii Persi disse...

Uma delícia te ler, mocinha... Adorei.

Grata pelo comentário no 'Cultivando', realmente, Diogo Nogueira é um charme, além de talentosíssimo! ^^

Beijos.

Douglas Lourenço disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marjorie disse...

Olá
Achei um pouco confuso, mas mesmo assim muito bem escrito.
=D
Lendo o resto do blog...

Unknown disse...

Gostei do jeito que você lida com a escrita, é boa e ao mesmo tempo seus textos prendem o leitor a querer saber mais.
Sucesso pra você !

Provisório disse...

Ficou melhor que a primeira parte!

|\| /\ |\| |) ( ) disse...

Nossa... Estava viajando nas suas palavras...rsrs
Pode parecer até um pouco de exagero, mas realmente você escreve muito bem!
Se algum dia seu livro for lançado, por favor não se esqueça de me avisar...
Faço questão de comprar!

Abraços...
Nando
=]

Sejam bem-vindos ao facetas!

................TODOS OS TEXTOS DESSE BLOG SÃO AUTORAIS............

Resolvi utilizar este espaço para divulgação de trechos de alguns trabalhos meus... Espero que vocês apreciem. Críticas e comentários serão muito bem-vindos, sobretudo críticas!

Se você já leu o texto acima não fique tímido: fique à vontade para comentar em outras postagens!