quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

S.O.S.

É estranho receber tantos elogios dos meus textos através deste blog e ter meu livro rejeitado pelas editoras. Se tivesse dinheiro bancaria eu mesma a publicação com todos os ônus e bônus que isso poderia me custar, mas não tenho.

Talvez eu até alcançaria a quantia necessária se lançasse uma campanha pela internet: doe R$ 1,00 para Ellen Regina conseguir lançar o seu livro! Não, acho que não. Ninguém patrocinaria o sonho alheio a não ser que fosse lucrar muito sobre isso. Ninguém contribuiria... [a não ser que eu mudasse o slogan da campanha].

Farei então um concurso entre meus leitores para elegermos o melhor slogan para a campanha: "Ajude a Ellen a publicar seu livro!"


Ridículo. Mas eu bem que ficaria feliz se fosse verdade, rs.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Teoria da relatividade [o caso Ritinha]

Bem... voltei!
antes de mais nada peço desculpas pela ausência,
ultimamente este blog esteve jogado às moscas...
Esse texto, embora inédito, não é exatamente novo,
faz parte de uma idéia há muito engavetada nas minhas anotações.
Se o ressucitei hoje foi por que meus pensamentos não estavam assim tão embaralhadas.

Ritinha trabalhava em uma empresa em decadência, fazendo um trabalho medíocre. Seus tantos anos no mesmo serviço lhe conferiram perante aos demais alguma autoridade sobre o assunto. Autoridade, aliás, era o substantivo preferido de Ritinha (embora não soubesse fazer distinção entre autoridade e autoritarismo).

Vivia cercada de funcionários decadentes com salários medíocres. Orgulhava-se por receber cinquenta reais a mais do que o restante: "- um sinal de confiança no meu trabalho", dizia. E tudo o que seus cinquenta reais excedentes lhe proporcionava Ritinha explanava, contando vantagem do picolé que custava dez centavos mais caro e da farofa de praia cuja linguiça era de marca melhor.

Aos ouvidos dos colegas decadentes a vida de Ritinha era um sonho. Transpiravam por seu picolé, salivavam por sua farofa, invejavam toda sua sorte e autoritarismo. Nunca souberam o quanto se completavam, afinal seria injusto reclamar do comportamento de Ritinha sem admitir que os próprios colegas fomentavam suas atitudes.

Mas tudo, já dizia Einstein, depende do ângulo de quem vê. Ritinha bem sabia que em terra de cego quem tem um olho é rei, por isso fora tão importante manter-se em seu trabalho medíocre. Porque cinquenta reais no meio de quem não tem nada é muita riqueza. Ritinha não era rica, mas a relatividade a fazia pensar que sim.

O melhor acalento para a nossa falta de sorte sempre foi pensar naqueles que, por motivos diversos, enfrentam situação pior. Os mortos de fome ao lado nos fazem pensar que quatro refeições precárias são um luxo. Moradores de palafitas nos fazem acreditar que uma casa de tijolos à amostra é um palácio. Ritinha explorava esses contrastes em seu benefício. Deixava-se ser saudada por ter um pouco mais, tinha prazer em fazer-se Rainha. Porém o mais interessante da relatividade é a certeza de que absolutamente nada é definitivo. Ritinha bem sabia do reverso: uma casa bem acabada torna ridículo o tijolo à amostra, mas não ousava admitir para não perder o seu reinado. Vivia no país das maravilhas para não enfrentar sua triste realidade, porque, afinal, apesar dos nomes bonitos que Ritinha atribuía a si mesma, na vida real [e em terra de gente normal] quem tem um só olho não é rei, é deficiente.

Viva a teoria da relatividade,
Viva a miséria de seus súditos,
Viva a palafita, o tijolo à amostra,
que possibilitam à Ritinha, com toda a sua carência de grandeza, reinar.

P.S.: Peço desculpas desde já a eventuais mal-entendidos.
Esse post nada tem a ver com preconceito sobre as limitações físicas de ninguém.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Um post sobre nada

Há dias venho tentando pensar em um tema, um suspiro, qualquer coisa que possa se converter em postagem.

Em respeito aos meus leitores dei um tempo deste blog porque parece que nada do que tenho escrito ultimamente valeria o esforço de ser lido.

Sofro pela falta de sentido em quase tudo o que me rodeia. Como se as palavras tivessem se amotinado.

Sinto falta de estar em paz. Como se as palavras já não mais me traduzissem. Ou quem sabe seja eu que já não precise delas [de seus conceitos].

Minha inquietação está em silêncio... E neste estado de espírito onde tudo é calmaria parece que o ser que segue respirando é apenas uma parte inerte de mim.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Guerra e Paz

Já passou o Carnaval, eis que o ano se inicia realmente. Mas por algum motivo ainda estou naquele clima de descanso tão comum aos finais de ano.

Muitos planos, cabeça fervilhante, livros fresquinhos na estante, noites recheadas de romance. Há semanas estou lendo de Tolstói o livro homônimo do título desta postagem. O engraçado é que o enredo da história parece traduzir meu estado de espírito.

Guerra e paz: eis como me encontro.
Uma pequena pausa de tudo... sabe Deus para quê!

Facetas que não são minhas III - o nome da cidade

Antes de mais nada gostaria de desculpar-me postar mais uma vez inspirações aleatórias. Ando com a cabeça cheia de caraminholas e sem nenhuma inspiração. Aproveito o marasmo da minha criatividade para deixar para vocês uma música que resume um pouco da minha instabilidade.

Com vocês, "O nome da cidade" de Caetano Veloso, na voz da Adriana Calcanhoto.

Sejam bem-vindos ao facetas!

................TODOS OS TEXTOS DESSE BLOG SÃO AUTORAIS............

Resolvi utilizar este espaço para divulgação de trechos de alguns trabalhos meus... Espero que vocês apreciem. Críticas e comentários serão muito bem-vindos, sobretudo críticas!

Se você já leu o texto acima não fique tímido: fique à vontade para comentar em outras postagens!